Aluguel de luxo

Moda: Negócio

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Criado em 13 de Março de 2015 Moda

Fotos: Samuel Gê / Divulgação

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Lojas especializadas em aluguel de bolsas e vestidos de grifes chegam a Belo Horizonte prometendo dar rotatividade ao guarda-roupa e colocar marcas como Prada, Chanel e Versace ao alcance de todas as mineiras
 
Amanda Kaizer
 

Marina Perktold Dumont e Andréa Guerra
 
É SÓ ENCOSTAR A CABEÇA NO TRAVESSEIRO que a imaginação trata de compor vários looks para o dia do evento. Entre o vira para lá e o vira para cá, tecidos, cortes e os tons da moda passam pela mente da mulher elegante, que acaba perdendo o sono de tanto pensar no que irá vestir. Essa cena não é incomum entre as mineiras. Cá entre nós, quem nunca deu lugar à insônia pensando na roupa, na bolsa ou em outro acessório que usaria no dia do casamento de uma amiga, no jantar de negócios ou até mesmo na confraternização da empresa?
No bairro Lourdes – coração do luxo belo-horizontino –, a loja Madre Store oferece um acervo de bolsas e vestidos dos designers mais cobiçados do mundo por um preço acessível. Grifes internacionais, como Prada, Louis Vuitton e Dior, podem fazer a alegria das mulheres durante um fim de semana de festas ou no trabalho, por um valor que chega a 10% do preço de venda. Marina Perktold Dumont, advogada e sócia da loja, conta que a ideia surgiu com a explosão do mercado de luxo no Brasil. “Sentíamos falta de um tipo de negócio em Belo Horizonte que, além de um conceito diferente de aluguel de vestidos, oferecesse produtos e atendimento também diferenciados”, explica. Com tudo planejado, foi só montar o acervo – sempre atualizado – e convidar as amigas para vestir o melhor da moda. “Mais do que o designer, nossas clientes prezam pelo corte e pelo caimento dos vestidos. Quanto às bolsas, elas não abrem mão de uma Chanel”, relata Marina. O preço do aluguel de bolsas e vestidos varia entre R$ 50 e R$ 750. Em média, a empresária consegue locar 40 peças por mês.
Quem também contribuiu para o mercado de luxo na capital foram Margareth Elisei e suas filhas, Ana Luísa Elisei e Juliana Elisei. O objetivo de dar utilidade às roupas escondidas no armário e compartilhar com as amigas os modelos de festa foi suficiente para criar a Armário Compartilhado. A loja cumpre a proposta de locar grifes por preços acessíveis e vai além, dando oportunidade para que os vestidos parados no closet gerem renda para suas donas. Segundo Margareth, as proprietárias dos modelos são tão importantes para o negócio que receberam o nome de Compartilhadas. “Elas deixam os vestidos comigo, e eu faço uma avaliação do preço de aluguel. Assim que o modelo é locado, elas recebem 35% do valor”, explica.
A iniciativa logo atraiu as amigas de Ana Luísa e Juliana, que ampliaram a clientela com a propaganda boca a boca. “O negócio é bom para ambos os lados. Tenho Compartilhada que ganhou R$ 6.900 no ano passado somente com isso”, diz Margareth. Além do ganho financeiro, a Compartilhada pode abater o montante que tem a receber alugando outras peças na loja. Depois que a empresária Cibele Soeiro conheceu a Armário Compartilhado, através de uma reportagem, ela passou a alugar vestidos em vez de comprá-los. “Nós, mulheres, nunca gostamos de repetir roupas, ainda mais em ocasiões festivas. A opção de locar vestidos de luxo traz praticidade e economia”, pontua a cliente, que aluga entre 70 e 80 peças na Armário Compartilhado mensalmente.
 

Ana Luisa Elisei, Juliana Elisei e Margareth Elisei
 
COMODIDADE
O modelo de negócio “economia coletiva”, que começa a ser explorado em Belo Horizonte, já é tendência no Brasil desde 2009. Nessa época, a empresária Isabel Braga fundou a BoBags, empresa especializada na locação de bolsas de grife pela internet. “Em 2009, lançamos uma versão beta da marca para testar o mercado e coletar informações sobre ele. Como fomos os precursores, tivemos que despertar as consumidoras para essa nova possibilidade”, relembra. De acordo com ela, o processo online pode suprir ineficiências existentes e trazer comodidade ao consumidor. Na BoBags, a cliente só precisa escolher a bolsa que deseja, informar o período de tempo que quer ficar com a peça e efetuar o pagamento com cartão de crédito. “No fim do período do aluguel, a cliente recebe um e-mail confirmando a data de devolução e um link que possibilita a renovação da peça”, completa. Caso opte por devolver a bolsa, é só aguardar a coleta domiciliar dos Correios ou deixar na agência mais próxima.
Com isso, quem antes precisava andar até a exaustão para encontrar um vestido que caísse bem ou uma bolsa que combinasse com o look agora consegue resolver isso tudo com apenas alguns cliques. São várias as lojas na web que disponibilizam esse tipo de serviço. Por isso, ficou fácil. É só pensar no vestido e correr para as lojas, online ou físicas. Então, boas compras. Ou melhor, bons aluguéis!
 
FICA DICA
 
O aluguel de vestidos e bolsas de luxo já é tendência no Brasil, mas é preciso atenção na hora de escolher o modelito para não ficar insatisfeita
  • Lojas físicas fazem pequenos ajustes nas peças, mas nada de adaptar um vestido 40 para o seu corpinho 38.
  • Não é preciso lavar os modelos para devolvê-los. Economize seu tempo.
  • As lojas online trabalham com o envio pelos Correios, não sendo cobrado frete. Importante aqui é atentar para a data de entrega.
  • Cartões de crédito são as principais formas de pagamento nas lojas online.

NA REDE

Para conhecer os modelos disponíveis na internet, confira as principais lojas do mercado:

  • BoBags – trabalha com aluguel e compra de bolsas de grifes, dentre as quais estão Marc Jacobs, Michael Kors e D&G (www.bobags.com.br).
  • Dress&Go – além de alugar vestidos e acessórios, a loja disponibiliza uma personal stylist para ajudar na escolha (www.dressandgo.com.br).
  • Same no More – traz vestidos curtos, longos e médios em seções organizadas por tipos de evento (www.samenomore.com.br).

 




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