Beleza e samba no pé

Camila Caroline

0
Criado em 18 de Dezembro de 2013 Beleza
A- A A+
Segunda colocada na disputa pelo título de Globeleza 2014, a bela betinense Camila Caroline Silva, 19, fala sobre o resultado do concurso, sua trajetória e expectativas para o futuro
 
Ana Flávia Belloni
 
Carisma, simpatia e muita desenvoltura. Essas foram características que Camila Caroline Silva, 19, mostrou ao Brasil durante a disputa ocorrida, neste ano, pelo título de nova musa do Carnaval Globeleza 2014, símbolo utilizado pela Rede Globo, desde 1991, para representar a programação carnavalesca da emissora. Muito otimista e batalhadora, a dançarina profissional, que obteve 47% dos votos no concurso, demostrou satisfação com a repercussão da disputa. “Alcançar o segundo lugar foi muito gratificante, principalmente, para alguém que não pretendia participar de seletivas”, afirma.
 
Filha de professores, Camila já nasceu com o samba no pé. Graças à influência dos pais, que sempre mantiveram uma relação estreita com a dança, ela aprendeu, desde cedo, a praticar essa arte. “Meus pais faziam dança de salão e, para eles, aquele era um momento de lazer único. Por isso, convidaram meu irmão e eu para participarmos também. Na época, eu tinha apenas 13 anos. No começo, não era algo que nos atraía muito. No entanto, rapidamente, tomamos gosto pela dança e, algum tempo depois, fomos convidados para dar aulas na mesma academia onde tudo começou, em Betim”, relembra.
 
 
A partir de então, Camila e o irmão, Marcus Vinícius Silva, passaram a ministrar aulas de dança na mesma academia dos pais e conquistaram inúmeros alunos e admiradores, incluindo os próprios pais, que, segundo Camila, eram os dançarinos mais aplicados da turma. “Mais tarde, e em busca de reconhecimento, meu irmão e eu resolvemos participar de um congresso de dança em Belo Horizonte. Durante o evento, conhecemos o renomado dançarino e coreógrafo Jaime Arôxa, que nos convidou para integrar o corpo de professores da sua escola de dança, no Rio de Janeiro”, conta.
 
Com uma bagagem repleta de sonhos e expectativas, os irmãos embarcaram para a cidade maravilhosa e, em pouco tempo, já estavam percorrendo o mundo, junto com a companhia de Jaime Arôxa. “Chegamos a ir até para a China. Depois dessa viagem, ao retornar ao Brasil, fui surpreendida pelo produtor do Jaime. Ele ficou sabendo sobre a eleição da nova Globeleza e disse que acreditava que eu me encaixava perfeitamente no perfil que a emissora buscava. Sem titubear, ele me estimulou a fazer a inscrição e eu topei”, explica.
 
 
O concurso
A primeira seletiva, que avaliou o quesito samba no pé, reuniu mais de 4 mil meninas. Na sequência, após alguns testes, apenas dez candidatas seguiram na disputa. “Assim que chegamos à quantidade de selecionadas, fomos para um hotel. Apesar dos quartos separados, todas se entrosaram muito. Durante o período em que ficamos hospedadas, mantínhamos contato frequente com a família, no entanto, no meu caso, a saudade apertou, já que eu falava com os meus familiares apenas por telefone, pois eles estavam em Betim.”
 
Durante o concurso, a betinense e as demais candidatas foram orientadas por Carlinhos de Jesus no quesito dança e ainda iniciaram um programa de treinamento físico em uma academia, a fim de obter condicionamento para encarar a rotina de nova Globeleza.
 
Para Camila, a formação como dançarina profissional foi um diferencial que colaborou para a sua permanência no programa até a grande final. “Tentei mostrar para os jurados a minha intimidade com a dança, desenvoltura, carisma e minha paixão pelo carnaval”, analisa a betinense, que já desfilou na comissão de frente da escola de samba carioca Unidos de Padre Miguel.
 
 
Vitoriosa
Apesar de não voltar para a casa com a vitória, Camila considera que chegar à grande final foi uma conquista. “A experiência de participar do concurso foi maravilhosa e me fez crescer ainda mais como dançarina. Mesmo não tendo conquistado o primeiro lugar, sei que fiz tudo o que estava ao meu alcance e dei o melhor de mim. Assim que a Nayara e eu recebemos o resultado, fiquei meio sem saber o que fazer, mas apenas em razão da emoção do momento, afinal, ela era uma concorrente forte e também merecia ganhar”, afirma. Já o pai de Camila, Marcos Antônio Souza, acredita que o fato de a ganhadora do concurso ser do Rio de Janeiro possa ter influenciado no resultado. “Talvez o que tenha pesado para o público no momento da escolha foi o fato de a outra candidata ser uma mulata genuína e, ainda, carioca, assim como eram as ex-globelezas”, destaca.
 
 
Reconhecimento
Ao retornar a Betim após a competição, Camila diz que foi recebida calorosamente pelos betinenses. “Os moradores do bairro onde minha família e amigos moram, no PTB, promoveram uma verdadeira festa, com direito até mesmo a fogos de artifício. E nas ruas fui reconhecida pelas pessoas. Está sendo muito legal. Adoro o assédio dos fãs, as abordagens e até os autógrafos.” No entanto, mal chegou à cidade natal, e a betinense já estava de saída. Camila retornou ao Rio menos de uma semana depois da final do concurso, ocorrido no dia 1º de dezembro, para reassumir seu posto de professora na Companhia de Dança de Jaime Arôxa. Agora, ela diz que quer alçar novos voos. “Os convites para novos trabalhos já chegaram, mas, até o momento, nada que possa ser divulgado.” Muito feliz, Camila conta que os planos para o futuro são muitos. “Meu objetivo principal é conciliar a dança com a faculdade de fisioterapia, curso no qual pretendo ingressar”, finaliza.
 
 

 




AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião de Revista Mais. É vedada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. Revista Mais poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.