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Criado em 18 de Dezembro de 2013 Educação

Medalhistas da Escola Municipal Vereador Rafael Barbizan, em Betim

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Estudantes betinenses dão show e conquistam medalhas de prata e de bronze na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica
 
Pollyanna Lima
 
Seis estudantes de três escolas públicas de Betim foram destaque na 16ª edição da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), ocorrida neste ano, e provaram que, com força de vontade, todos podem conquistar seus objetivos. Os alunos, que competiram com milhares de estudantes de colégios públicos e privados de todo o país, conquistaram medalhas de prata e de bronze.
 
Medalhista de prata pela Escola Municipal Vereador Rafael Barbizan, a aluna Taynara Almeida, 11, que sonha, no futuro, em estudar direito ou biologia, revela que decidiu participar da olimpíada porque viu na competição uma possibilidade de crescimento pessoal. “Estudei muito, mas foi tudo muito prazeroso. Digo isso porque, para ensinar o conteúdo, a professora usou uma didática bem leve”, conta.
 
A OBA é uma competição executada por uma comissão de astrônomos profissionais integram a Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e pela Agência Espacial Brasileira (AEB), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Em 2013, mais de 750 mil alunos do primeiro ano do ensino fundamental até o último ano do ensino médio participaram do evento. As provas foram realizadas em maio, mas os resultados somente foram divulgados recentemente.
 
Professor de geografia na Escola Municipal Adelina Mesquita – instituição que conquistou uma medalha de bronze com o aluno Gabriel Felipe Carvalho –, Rulian Maschetti já participou cinco vezes da olimpíada. “A estreia do colégio na competição aconteceu em 2009. Aprendemos muito. Já em 2010 conseguimos uma medalha de bronze. Um ano depois, foram mais três de bronze. Em 2012, conquistamos uma de prata e, neste ano, outra de bronze. Seguiremos em busca da medalha de ouro e acredito que logo vamos trazê- -la para Betim”, afirma.
 
E para conseguir mais esse feito, Maschetti pretende continuar seguindo as dicas de estudo indicadas pela OBA. “Desenvolvemos atividades práticas no pátio da escola, como manuseio de luneta, localização e observação. Todos os anos, também realizamos visitas monitoradas ao planetário da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), localizado na praça da Liberdade, em Belo Horizonte. Fazemos isso para que os alunos tenham oportunidade de conhecer mais sobre o tema”, completa.
 
Rulian Maschetti, professor da escola Adelina Mesquita, com Gabriel Felipe Carvalho, aluno medalhista de bronze/ Fotos: Deivisson Fernandes
 
Outra veterana no exame é a professora de ciências Lúcia Valéria Maria Anselmo. Representando a Escola Municipal Vereador Rafael Barbizan, ela e seus alunos conquistaram quatro medalhas neste ano, sendo três de bronze e uma de prata. “É a terceira vez que participo com meus alunos. Para prepará-los, seguimos as recomendações da OBA. A equipe de organização envia, previamente, os temas e algumas sugestões de atividades para realizarmos. Com esse material, organizo e planejo o projeto, que ocorre com as turmas dos sextos anos, já que a matéria está relacionada com a grade curricular deles. O projeto acontece durante as aulas de ciências, com exposição da parte teórica e apoio de materiais com desenhos, vídeos e experimentos”, conta a professora, ao ressaltar que para se destacar na olimpíada os estudantes também pesquisaram mais sobre o assunto recorrendo a livros da biblioteca e pesquisando em casa, pela internet.
 
Ganhador da medalha de bronze pela Escola Vereador Rafael Barbizan, o estudante Samuel Rodrigues, 11, diz que, para participar da competição, teve de estudar muito. “Pesquisei bastante sobre o assunto e assisti aos vídeos que a professora nos passou. Sinceramente, eu até já esperava por esse resultado. No futuro, quero ser um astrônomo”, confidencia.
 
Já o aluno Marlon dos Santos, 12, conta que quer trabalhar com engenharia robótica. “Entrei para a olimpíada porque gosto muito de estudar os astros celestes. Fiquei muito satisfeito em trazer a medalha de bronze para a cidade” diz.
 
O professor de ciências e matemática Marlon Nascimento Jabrazi, ganhador da medalha de bronze, junto com a estudante Brenda Simonelly Pereira Santos Pedrosa, apesar de participar da olimpíada pela segunda vez, diz que essa é primeira ocasião em que compete pela Escola Municipal Maria da Penha dos Santos Almeida. “A OBA é muito enriquecedora para a comunidade estudantil. Além de prêmios, como material de estudo e livros, os alunos, quando bem classificados, têm a possibilidade de concorrer na disputa em nível internacional.”
 
Para ele, o mais importante da competição é o fato de ela despertar nos alunos o desejo de buscar mais conhecimento fora do ambiente escolar. “A Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica proporciona à comunidade escolar a possibilidade de obter conhecimento diversificado e de mostrar que novas aprendizagens vão acrescentar maior poder de entendimento do mundo, da sociedade, da política, da tecnologia e da própria condição do homem como parte de um universo que deve ser entendido, respeitado e preservado, começando a partir do nosso planeta e se estendendo às galáxias”, finaliza o professor.




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