Inovação e arrojo para o comércio e a indústria

Conversa Refinada: ENTREVISTA l AUGUSTO FREITAS

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Criado em 13 de Maio de 2015 Conversa Refinada

Foto: Hilário José

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Mais jovem dentre todos que já estiveram à frente da Aciabe, hoje ACE, Augusto Freitas pretende construir uma associação referência em Minas
 
Julia Ruiz
 
REVISTA MAIS - O que o motivou a assumir a responsabilidade de comandar a ACE? Como isso se concretizou?
AUGUSTO FREITAS - A oportunidade surgiu através de um grupo de empresários que buscava alguém com perfil de inovação para assumir uma associação que precisa de novas oportunidades para ser o que merece. O grupo de empresários me indicou para ser presidente da chapa que concorreria à presidência da ACE Betim. Como fomos a única chapa que se manifestou e os associados concordaram com minha eleição, o desafio foi dado e cumprido. Comecei então a planejar uma diretoria que me desse o suporte necessário para a realização de um bom trabalho. A tarefa não era tão fácil, já que precisaríamos unir a experiência dos mais antigos com a garra e a vontade de fazer dos menos experientes. Acho que consegui montar uma equipe do jeito que queria e tive grandes apoiadores, que muito significam para mim.
 
Quais são seus projetos para melhorar as relações comerciais e empresariais da cidade e, dessa forma, fortalecer os setores representados?
A proposta é fazer da ACE Betim a associação referência dentro de nosso Estado. A linha de gestão que adotaremos é a de uma gestão democratizada, ética e unida em favor daqueles que representamos. A vontade de fazer nossa cidade crescer e enriquecer é enorme. Nossa equipe está disposta a mover montanhas, se preciso for, para ajudar todos os setores envolvidos. Nós trabalharemos incansavelmente para aumentar o número de associados, buscaremos parceiros que ofereçam benefícios reais, além de identificarmos as necessidades dos nossos associados nas áreas de comunicação, jurídica, contábil e administrativa para os auxiliarmos.
 
Quais são os principais desafios para comerciantes e empresários de Betim hoje?
Os maiores desafios são a burocratização dos processos das empresas junto aos órgãos públicos e a elevação de seus custos. A inflação está aí, e, com ela, vemo aumento de todos os custos diretos e indiretos que uma empresa possui. Como podemos fazer se temos nossos custos aumentados e não podemos repassá-los na mesma proporção aos nossos clientes?
O cenário em Betim não é diferente. É necessário colocar os pés no chão e caminhar em passos leves e regrados para passarmos essa fase.
 
Quais são, em Betim, os setores mais afetados pela atual crise econômica brasileira?
Acho que não existe setor mais afetado. Existe aquele que está menos preparado para enfrentar esse momento. As micro e pequenas empresas estão, na maioria das vezes, despreparadas para isso. Quando existe um incentivo por parte do governo e de entidades para o crescimento do empreendedorismo, deve haver também trabalhos em torno dos processos administrativos e financeiros de um empreendimento. O maior apoiador desses projetos é o Sebrae, um grande parceiro das empresas.
 
De que forma a ACE vem atuando para ajudar seus associados a enfrentarem esse momento difícil?
A ACE Betim está buscando conhecimento através da participação em fóruns e conselhos para repassar as novidades e as informações do que está acontecendo e, assim, preparar os interessados para possíveis mudanças. Além disso, vamos voltar a promover as rodadas de negócios realizadas pela antiga gestão.
 
Quem tem planos de abrir o próprio negócio deve aguardar um momento econômico mais propício?
Isso depende do setor de atuação, da experiência do investidor, do valor do investimento a ser feito, do grau de suporte financeiro disponível, dentre outras condições. O ideal é elaborar um plano de negócios para minimizar o risco e evitar possíveis surpresas. A crise pode ser o melhor momento de se abrir um negócio caso haja tempo e dinheiro para se manter no mercado até o mesmo se reestabelecer.
 
Você, que é sócio--proprietário de um bar consolidado em Betim, como avalia o comércio de entretenimento e a vida noturna da cidade?
A vida noturna em Betim é fraca devido à proximidade de Belo Horizonte e também às dificuldades impostas pela legislação ambiental do município. Muitos bares têm dificuldade de obter o licenciamento ambiental necessário para terem qualquer equipamento sonoro. Para se estabelecer no mercado betinense, é necessário estar sempre inovando, investir em publicidade e, principalmente, manter a qualidade dos serviços e dos produtos oferecidos. Acho que o mais importante é saber identificar qual o público-alvo de seu negócio e entender a real necessidade dele.
 
Quais são suas perspectivas em curto e médio prazos para as áreas representadas pela ACE?
As perspectiva são boas, já que estamos em um país que dispõe de todos os recursos naturais que mantêm a economia em funcionamento. Além disso, acredito que essa crise é mais política do que econômica.
 
Como a ACE ajuda os empresários a transporem as burocracias?
A ACE possui maior força perante os órgãos públicos, já que somos o representante de várias empresas. Além disso, procuramos manter um diálogo aberto com todos os setores da prefeitura para facilitar o acompanhamento dos processos de nossos representados.
 
Por que é importante para o empresário se associar?
A ACE Betim é a associação mais importante que nossa cidade possui. Nós representamos todos os setores da economia betinense, e, quanto mais associados tivermos, maior será a nossa força.

 




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