Salto rumo ao pódio

Com tão pouca idade, a betinense Ga­briela Lemos Silva, 10, já testou suas habi­lidades nas mais diversas áreas. Estudou balé clássico e violão, fez aulas de circo e teatro, foi campeã de um concurso de redação e, hoje, além de fazer aulas de canto e de estudar na escola regular, con­quistou posições de destaque em campe­onatos estaduais e nacionais de ginástica artística, modalidade também conhecida no Brasil como ginástica olímpica. Seu ingresso no esporte aconteceu no ano passado, em um teste promovido em sua escola. “Nós recebemos um bilhete e os alunos interessados fizeram um teste, que era parecido com uma competição. Daí, fui selecionada”, conta.

Pouco mais de um ano depois, neste ano, ela participou de sua primeira com­petição: o Campeonato Escolar Estadual Municipal, em Belo Horizonte. Na época, por ser ainda inexperiente em disputas de grande porte e na própria prática da gi­nástica olímpica, Gabriela iniciou a com­petição mais calma e serena do que as demais concorrentes, estado de espírito que lhe rendeu uma ótima performance e sua primeira ida ao pódio, recebendo a medalha de bronze no solo feminino pré­-infantil do Torneio Escolar Estadual de Ginástica Artística, em Belo Horizonte.

Ainda neste ano, ela foi vice-campeã na modalidade duplo-mini (corrida na pista ao aparelho com a execução de dois elementos e aterrissagem no colchão de chegada) trampolim feminino; e quarto lugar na modalidade tumbling (corrida na pista ao aparelho com a execução de dois elementos e aterrissagem no colchão de chegada) feminino, ambos na categoria pré-infantil; do torneio nacional de ginás­tica de trampolim, em Goiânia; e campeã do torneio estadual de ginástica de tram­polim, realizado em Contagem.

Competitiva, a atleta admite ficar cha­teada quando não tem um desempenho tão bom nas competições. “Às vezes, choro quando perco”, revela. E, para corrigir suas falhas e melhorar sua performance como ginasta, ela concentra todos os seus esfor­ços, já que tem grandes pretensões no es­porte, por exemplo, chegar a grandes equi­pes e disputar eventos importantes, como uma Olimpíada. “Tenho muita vontade fa­zer parte da seleção brasileira”, afirma.

O tempo de sua prática na ginástica olímpica é tão curto que Gabriela ainda não teve a oportunidade de conhecer al­gumas das ginastas que fizeram história no esporte nacional e no mundo. Por isso, com a proximidade das Olimpíadas, que vão acontecer no Rio de Janeiro, em 2016, a atleta pretende passar alguns dias na ca­pital carioca para acompanhar e conhecer um pouco mais sobre as modalidades da ginástica olímpica.