Um ‘novo’ mercado de livros no país: o e-book

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Criado em 20 de Fevereiro de 2013 Tecnologia
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POR Tomaz brum*
 
Com o início das vendas no Brasil, desde novembro do ano passado, do mais popular leitor de e-book (livros digitais) do mundo, o Kindle da Amazon (http://www.amazon.com.br), o mercado de livros eletrônicos no país começou a tomar corpo.
 
A Amazon não é a primeira empresa do mercado de e-books a vender em nossa terra, mas, sem dúvida, é o player de maior peso e tradição desse nicho do mercado. Isso se deve, em muito, pelo fato de a empresa ter colocado, há alguns anos, o Kindle no mercado internacional. Esse equipamento é próprio para leitura e possui uma tela inovadora, que incorpora a tecnologia conhecida como e-paper. Essa tela oferece ao usuário o mesmo conforto visual de ler em uma folha de papel, reduzindo, assim, o cansaço causado quando estamos em frente às telas e monitores comuns. Além disso, é muito leve, barato, e sua bateria dura meses, o que não acontece com os tablets tradicionais.
 
É interessante observar que o Brasil já se destaca como o terceiro maior consumidor de livros digitais do mundo, estando atrás apenas dos Estados Unidos e da Índia. Mesmo com tantos adeptos, o país ainda oferece um enorme potencial de crescimento, isso porque precisamos evoluir em direção a esse mercado, principalmente no que se refere à publicação de mais títulos nacionais e à política tributária.
 
Mesmo antes da Amazon, o Brasil já contava com empresas, inclusive nacionais, nesse mercado. Um exemplo é a Livraria Saraiva (http://www.livrariasaraiva.com.br), que, diferentemente da Amazon, não possui um leitor próprio, mas publica seu aplicativo para praticamente todas as plataformas móveis, tais como: iPhone, Ipad, Android e Windows.
 
Também já exploram esse mercado por aqui os gigantes Google, através da sua “loja” de aplicativos Google Play (https:// play.google.com/), e Apple, exclusivamente para seus gadgets Iphone, iPad, iPod, e também pela sua “loja” de aplicativos App Store (http://store.apple.com/br).
 
A leitura de livros digitais pode causar alguma estranheza aos leitores tradicionais. Há quem diga que a sensação de segurar um livro, passar páginas e marcá-las é insubstituível. Porém, como qualquer novidade, sobretudo na área de tecnologia, demora-se algum tempo para que os costumes sejam alterados e todos estejam perfeitamente adaptados.
 
Mesmo assim, é certa a solidificação do mercado de livros digitais em muito pouco tempo, pois há de se ressaltar que as novas gerações já nasceram em um mundo digital e as suas experiências são diferentes das dos leitores mais antigos. Some-se isso a algumas vantagens dos e-books, como menor custo de produção, distribuição e apelo ecológico, além de o leitor poder carregar facilmente milhares de títulos na palma de sua mão, armazenados em um tablet ou Kindle.
 
Assistimos de camarote, embora, neste caso, um pouco atrasados em relação a outros países, a mais uma revolução de mercado, semelhante ao que aconteceu com o da música, com a popularização do MP3. Uma mudança que, mais uma vez, teve efeito positivo para nós, consumidores.
 
*Engenheiro eletricista com especialização em telecomunicações.facebook.com/tomazbrum *twitter.com/tomazbrum *tomazbrum.tumblr.com/

 




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